Encenação da Paixão de Cristo em Pinhão: Fé, Tradição e Arte em Cena.
- Brajeiradas criação de cont.
- 2 de abr.
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Significado Religioso – Religiosidade apensa cristã
A encenação da Paixão de Cristo é uma representação sagrada que revive os últimos momentos de Jesus Cristo - seu sofrimento, crucificação e ressurreição - reafirmando a mensagem cristã de redenção e amor. Mais do que um espetáculo, é um ato de fé que convida o público a refletir sobre os valores espirituais e o sacrifício divino.
Tradição Cultural no Brasil
Presente em diversas cidades brasileiras durante a Semana Santa, essa manifestação artística e religiosa une comunidades em torno de uma tradição centenária. Enquanto eventos como a grandiosa encenação de Nova Jerusalém (PE) atraem milhões de espectadores, municípios como Pinhão, no Paraná, mantêm viva essa expressão cultural de forma autêntica e comovente.
Uma Obra Coletiva Movida pela Fé
Há mais de 20 anos, a encenação da Paixão de Cristo em Pinhão emociona moradores e visitantes. De acordo com reportagens locais, a última edição trouxe cenários ainda mais realistas, efeitos especiais e uma trilha sonora original, ampliando a emoção do público. Mas o que realmente impressiona é o espírito de colaboração por trás do espetáculo.

Em entrevista ao Brajeiradas Casual [https://www.youtube.com/watch?v=xqiPdysrBjo&list=PLUOZ-5_Y9GKh2IkQAJjtCmsXk0gl0fhR5&index=6 ], o
professor e dramaturgo Edilson Xiru, líder do projeto, destacou que em duas décadas de encenação nunca houve desentendimentos sérios entre o elenco.
"É um trabalho de muita harmonia, feito por voluntários, desde crianças até adultos, que ajudam na montagem dos cenários e na divulgação", afirmou.
A produção, no entanto, enfrenta desafios, especialmente na captação de recursos, já que o evento cresceu e demanda cada vez mais estrutura.
A Trajetória de Edilson Xiru: Do Teatro à Transformação Social
A história de Edilson com a dramaturgia começou em 1998, quando foi convidado por um amigo para integrar um grupo de teatro. Desde então, ele abraçou a arte não apenas como forma de expressão, mas como ferramenta de transformação. Sua paixão pelo teatro o levou a coordenar grupos de jovens, trabalhar em projetos sociais e até conhecer sua esposa durante uma apresentação.
Além da Paixão de Cristo, Edilson utiliza o teatro como instrumento educativo, engajando crianças e adolescentes em atividades artísticas.
"A arte abre novas perspectivas de mundo e ensina disciplina", afirma.
Em suas aulas, ele recorre até a truques de mágica para prender a atenção dos alunos - uma criatividade que remete às brincadeiras de sua própria infância, quando as crianças se divertiam com bolinhas de mamona e bexigas de porco, longe da dependência de tecnologia.
O Impacto na Comunidade e o Futuro do Evento
A Paixão de Cristo em Pinhão já se tornou um marco cultural e turístico, recebendo apoio inclusive do prefeito local. No entanto, a organização busca novas ideias e parcerias para manter o espetáculo vivo e relevante.
"Precisamos reorganizar o planejamento para garantir que o evento continue a crescer sem perder sua essência", comenta Edilson.
Enquanto isso, canais como o Brajeiradas documentam essas histórias, convidando o público a acompanhar os bastidores desse e de outros projetos artísticos da região. A cada ano, a encenação reafirma não apenas a fé cristã, mas também o poder da arte em unir pessoas, contar histórias e preservar tradições.
Para Edilson e sua equipe, o maior prêmio é ver o público emocionado e a comunidade envolvida - prova de que, em Pinhão, a Paixão de Cristo vai muito além de um espetáculo: é uma missão coletiva que continua a inspirar gerações.
O evento é, antes de tudo, uma expressão de devoção religiosa cristã. Como destacam os organizadores, sua principal motivação é espiritual:
"É um momento para refletir sobre o sacrifício de Jesus e renovar nossa fé", explica Edilson Xiru.
Para os participantes e grande parte do público, trata-se de uma experiência profundamente religiosa, que fortalece os laços comunitários entre os fiéis.
No entanto, essa natureza confessional levanta o questionamento: em um Estado laico, como garantir que eventos com forte conteúdo religioso específico não excluam ou marginalizem aqueles que não compartilham da mesma fé?
Veja a entrevista completa com o professor e dramaturgo Edilson Xiru:
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